quarta-feira, 12 de maio de 2010

Do luto a luta

Como lidar com a morte dos nossos queridos e preciosos animais? E como lidar com a perspectiva da eutanásia, quando não há chance de cura e a qualidade de vida já não existe?



São assuntos dolorosos, que infelizmente a maioria dos tutores já enfrentou.

Quando perdemos entes humanos queridos recebemos a solidariedade de todos, o respeito e espaço para chorar e viver o luto, mas quando os entes perdidos são os não humanos não há tanto entendimento com o sofrimento dos que ficam. Triste essa constatação já que existem animais especiais em nossas vidas infinitamente mais importantes e amados que até alguns familiares.

Aqui em casa mesmo quando perdemos nossa doce Sweet, o Paulo faltou em alguns compromissos desculpando-se que uma ``amiga´´ tinha falecido. A desculpa foi dada para algumas pessoas, não insensíveis mas que nunca compreenderiam que para nós era a perda de um membro da família. 

A medicina humana já reconhece a importância do tratamento psicológico para pessoas que enfrentam o luto e também especializou-se em cuidados paliativos a pacientes terminais. É de suma importância ajudar estes doentes ante a iminência da morte, bem como com o sofrimento físico e emocional que esse processo gera, e tudo isso com dignidade e respeito ao paciente e aos familiares.

A medicina veterinária não tem ficado atrás. A USP já conta com o ambulatório de cuidados paliativos. A  prática desses cuidados representa uma mudança na visão da medicina veterinária que costumava determinar a eutanásia como o destino natural de um bicho velho ou doente. A partir de agora sacrifício ou eutánasia serão as últimas palavras a serem ouvidas, no ambulatório a perspectiva da morte é trabalhada, mas deixada em segundo plano. O importante é oferecer um final de vida com menos sofrimento possível para animais portadores de doenças crônico-degenerativas, como o câncer e dor extrema.

Em seus consultórios os pioneiros Drs. Edvaldo Rodrigues, Denise Fantoni, Teresinha Martins e Daniella Godoi amenizam o sofrimento de cães e gatos com doenças sem chance de cura e também  ajudam os tutores a oferecer qualidade de vida e conforto para seus animais de estimação quando mais precisam. 


 Foto: Época


E quando não houver mais recursos, infelizmente, chega a hora de colocá-los para dormir.

A dor do luto será intensa mas confortada com a certeza de que tudo foi feito e parafraseando a Dra. Teresinha ``a morte não é um fracasso. Fracasso é não tratar o bicho com dignidade e respeito quando ele está à beira da morte. Nosso trabalho não é acrescentar dias de vida ao bicho, mas dar qualidade de vida aos poucos dias que ele tem”. 



É uma grande conquista e acima de tudo o reconhecimento que nós, animais  não humanos também temos todos os sentimentos e emoções e padecemos dos mesmos  sofrimentos físicos, mentais e psicológicos que os animais humanos.

Para saber mais vá e leia a reportagem completa.

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